12 de jun. de 2015

Os novos humanos

Seria impensável um planeta assim.

Eramos o pico da evolução.

O consenso geral era de que, eramos o que eramos e ponto final. Aliás a religião nos ensinava isso.

Mas a criatividade destrutiva do ser humano não tem limites e por uma brincadeira Darwiniana tudo mudou.

Carbono já não é mais a forma principal de vida. 

Não se tem mais a proteção do ozônio.

Mas mesmo assim a vida continuou. Porém, um tanto diferente.

Humanos sim, mas não apenas sapiens. Não apenas carbonários. E já não mais dominantes.

O sol cega quem não tem olhos amarelos. O radioativo mata quem não tem hélio como composição. A areia corrói quem tem apenas água como corpo. E só o que importa é sobreviver. 

Sobrevivência se tornou a ordem do dia, porém se esqueceram de inventar um motivo para isso. 

Consciência para quê, se se tem uma arma e nada para fazer?

Qual o problema em se pagar pelo que se quer mesmo que seja a morte de alguém?

Onde estão as regras? As leis? As pessoas para as estabelecê-las? Os tribunais para se fazer valer? Os fiscais para saber se elas estão sendo cumpridas? Onde estão as pessoas? Como prender seres que se dissolvem no ar? Como julgar seres que a simples presença deles é morte certa?

Não precisam mais disso.

Não ousam criar, mais uma vez, esse método de controle.

Não são mais sapiens.

Não são apenas sapiens.

Mas continuam sendo humanos. Porque humanos sempre serão humanos. 

Mas já não são mais dominantes.

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